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Alergia à proteína do leite de vaca e intolerância à lactose

laticinios

A questão da exclusão do leite e principalmente da lactose da alimentação com foco em perda de peso tem crescido cada dia mais nos consultórios de nutrição. Por isso, há uns meses atrás, eu escrevi aqui um artigo que dizia que realizar esta exclusão sem haver uma real necessidade é contraindicado para a nossa alimentação. (Para acessá-lo, clique no link: Vale a pena adotar dietas da moda sem glúten e sem lactose?)

No entanto, este caso muda completamente de figura quando existe uma comprovação através de exames de uma alergia à proteína do leite de vaca ou uma intolerância à lactose. Antes de qualquer coisa, vamos definir o que é o quê.

_ Alergia à proteína do leite de vaca

É uma reação anormal do sistema de defesa do organismo que reage às proteínas do alimento. Em outras palavras, o nosso sistema imunológico reconhece os nutrientes do leite como um “inimigo” e começa a produzir anticorpos e/ou células de inflamatórias que acarretarão reações alérgicas.

As principais manifestações alérgicas podem ser digestivas (vômito, cólicas, intestino preso, distensão abdominal, eructação), respiratórias (coriza, obstrução nasal, tosse e dificuldade de respiração) e cutâneas (coceira, inchaço nos lábios e pálpebras e manchas vermelhas na pele).

O mais comum é que a alergia à proteína do leite de vaca se manifeste ainda na infância, mas em alguns casos podemos observar uma alergia tardia que acontece depois da fase adulta.

O tratamento neste caso é a exclusão por completo do leite e de seus derivados na sua alimentação.

Nestes casos, é interessante optar por bebidas vegetais como forma de substituir do leite como leite de soja, arroz, aveia ou amêndoa. Não se esqueça de que o queijo também deve ser substituído pelo queijo de soja (tofu).

Mas e o cálcio? Precisamos priorizar na alimentação fontes de cálcio de origem vegetal ou optar por produtos com a fortificação deste nutriente em sua composição. Prefira alimentos como:
– vegetais verde-escuros (brócolis, couve e quiabo),
– frutas secas (figo, damasco, tâmara, uva-passa etc.),
– castanhas e sementes (nozes, avelãs, amêndoas, castanha-do-Pará, semente de girassol, gergelim, entre outras), e
– leguminosas (soja, tofu, lentilha, ervilha, grão-de-bico, feijões).

_ Intolerância à lactose

É a deficiência do organismo em produzir a enzima lactase, que gera uma incapacidade do corpo em digerir a lactose (um tipo de açúcar presente no leite e em seus derivados).

Neste caso, a intolerância pode se manifestar em várias etapas da vida: no nascimento; após grandes cirurgias ou doenças muito graves; ou com o envelhecimento (com o passar da idade, é comum que a produção dessa enzima vá diminuindo).

Os sintomas da intolerância à lactose geralmente começam em cerca de trinta minutos a duas horas depois de a pessoa ingerir alimentos ou bebidas que contenham lactose. Entre os sintomas estão diarreia, náuseas, dores abdominais e inchaço.

Para estes quadros, não é necessária a exclusão por completo do leite e de seus derivados, mas sim optar por produtos que sejam isentos de lactose em sua composição ou então que já contenham a complementação de lactase em suas formulações.

Em ambos os casos é necessária a comprovação do diagnóstico com a realização de alguns exames e por vezes, faz-se necessária a suplementação de cálcio e de vitamina D. Por isso, é sempre importante você consultar um médico ou um nutricionista para te ajudar a entender o que esta acontecendo com o seu corpo e descobrir as melhores opções alimentares para você.

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Thaís Lamonica é nutricionista com foco de trabalho na reeducação alimentar e no emagrecimento. Escolheu estudar Nutrição pois queria ajudar as pessoas através de um fator que estivesse presente na casa de todo mundo – o alimento. Acredita que pode auxiliá-las a entenderem que se alimentando melhor podem ter mais qualidade de vida, autoestima e longevidade.

Foto: Reprodução

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